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O MAR, O AMOR E A ETERNIDADE...



O mar, o amor e a eternidade...
Compare o amor ao mar, que é grandioso em si mesmo, tem uma força ainda desconhecida, e é capaz de encantar e até matar, quem não tiver a devida atenção.
O amor e o mar se igualam na beleza, onde gente grande vira criança, os olhos brilham, o coração acelera, a vida tem outro sentido diante do amor, a beleza tem outra visão diante do mar, a vida tem outros valores diante do amor.
Assim como o mar, o amor se renova em ciclos, no mar são as marés, que elevam e abaixam as águas, no amor, são os pequenos gestos, as
delicadezas.
O respeito, a admiração pelo outro, as lembranças, que vão construindo um sentimento maior que o mar, maior que o próprio amor, avançando com a idade, sendo tão generoso que abre mão de si mesmo, quando deixa de ser uma paixão, para se tornar cumplicidade.
Diante do mar, vejo as ondas no vai e vem sem fim, e posso ter esperanças, que assim como as ondas, o amor que se foi, pode voltar, ou se renovar, e assim como estou diante do mar, poderei estar diante de um novo amor, para um recomeçar, num indo e vindo infinito, como o próprio mar, como o próprio amor...




(Autor: desconhecido)

******

Como eu te amo
(Rose Mori)

Quer saber como eu te amo?
Amo-te sem utopia.
Amo-te com um sentimento real,
sem as cores do arco-íris,
pintadas pelo poeta quando fala de amor.
Amo-te com teus defeitos
- quem não os tem? –
Amo-te com tuas fraquezas,
porque é uma forma de me sentir forte,
quando, em minha solidão,
sou apenas fragilidade.
Amo-te no cantar da fonte
- o som da vida –
No cheiro da mata
- o aroma da vida –
Nos pingos da chuva
- fecundação da vida –
No brilho do sol
- despertar da vida –
Na carícia do vento
- respiração da vida –
Como vê, te amo sem sonhos
e sem ilusões:
te amo no acontecer da vida;
pura e simplesmente,
na realidade da vida.
Porque a vida para mim
se resume em quatro letras:
AMOR!
****************
Romantismo –
Uma visão de mundo que dominou a cultura européia durante o século XIX
O movimento romântico foi mais do que uma nova maneira de vestir, mais do que uma aparência; foi a manifestação de uma visão de mundo que dominou a cultura européia durante o século XIX. É difícil fixar uma data exata do momento em que uma moda aparece, como também sua paternidade.

Moda total, o Romantismo era um traje, uma estética uma fisionomia, uma sinfonia de cores, um sistema de mitos e idéias feitas, um panteão de heróis reais e imaginários, mas também um modo de vida que se imiscuía em todos os atos e legislava sobre todos os assuntos.

Para Wilson (1989), o início da grande onda romântica, do século XIX pode ser situado através de suas manifestações mais espetaculares: a representação triunfal da peça de Alexandre Dumas, Henri III e sa Cour, levada ao palco na Comédie-Française, no dia 11 de fevereiro de 1829. Nasceu ali uma verdadeira febre historicista que se apoderou de todas as manifestações artísticas. Seria a representação de um pouco de toda a história da França dos séculos XIV, XV, e XVI confundidos que se exibiria nas ruas.

Subitamente o estilo Idade Média tornou-se moda. Em alguns meses, Paris encheu-se de moças borgonhesas vestidas de saias compridas com caudas, feitas de tecido estampado com motivos heráldicos e corselete de mangas bufantes e de jovens cavaleiros vestidos de calças curtas e gibão com recortes sob casacos de arminho. Os moços usando uma cabeleira merovíngea enfeitada com boné de veludo denteado de arqueiro, mostravam uma barba de rei assírio e uma adaga de Toledo enfiada no cinto.

As moças usavam cabelos compridos que penteavam lisos repartidos ao meio e presos na testa por correntes de ouro ou prata, competindo para ver quem usava o sapato com bico mais fino e mais pontudo, ou então a gola mais pregueada tipo Henrique IV, em roda moinho.

O teatro e a literatura, em pleno período históricista, alimentavam as modas fantasmas; cada peça, cada romance atualizava os trajes de seus heróis. Os rapazes queriam ser corsários, cavaleiros, cruzados. As moças sonhavam em ser Margarida de Borgonha, Lucrécia Bórgia, Maria Stuart.

Essa onda medieval atingira todas as camadas da sociedade. A exatidão histórica não era primordial, alguns se inspiravam nos quadros e gravuras de época. Nas semanas que precediam às noites de gala muitos faziam fila no depósito de estampas da Biblioteca Nacional, para copiarem aqueles documentos inspirados nos quais as modistas trabalhavam.



Deste período é famosa a invenção da manga presunto. Reminiscência do traje da Renascença. Eram sustentadas por barbatanas ou bolas cheias de pluma. Os ombros das mulheres cresciam. Não importava se para a noite ou para o dia, o vestido só estaria completo se as mangas fossem periodicamente inchadas e, para equilibrar a silhueta, as saias eram bufantes e os chapéus gigantescos. Também para reforçar a releitura das modas do século XVI, usavam sobre o vestido as “berthes”, espécie de golas-chale de renda delicada e aventais de tecido suntuosamente bordados. Amarravam na cintura as “algibeiras”, pequenas bolsas de couro usadas nos séculos XIV e XV.

Tudo era feito para proporcionar à mulher a aparência de um ser saído de um mundo encantado, como fantasma de lendas. Os chapéus de abas largas erguiam sobre a cabeça como torres que subiam aos céus como catedrais, como os chapéus de bruxa que conhecemos hoje, orgulhosamente exibidos à castelhana. O conjunto se mostrava imerso numa desordem de gaze e musselina sobre uma cabeleira arrepiada e ondulada, como revolta por uma ventania.

Tudo se organizava como fragilidade, imaterialidade, ou seja, da sua inacessibilidade feminina, afinal, a Idade Média tinha sido o tempo do amor cortes, e isto havia que ser lembrado.



No mobiliário e na arquitetura deu-se o início da moda neo-gótica e normanda. Redesenhavam as janelas com arco de ogiva e acrescentavam-lhes vitrais. Os rapazes da sociedade sonhavam em morar num apartamento escuro como uma cripta, com acústica de catedral. Todos queriam ter seu castelo; um cenário entre o real e o imaginário começava a surgir. Na ourivesaria, a jóia romântica lançou cenas em miniatura que representavam cavaleiros com armadura, cercados de pajens e galgos, complementando o conjunto com enfeites de escudos e emblemas senhoriais.

A moda também encontrava eco na vida cotidiana; era o máximo do requinte corresponder-se com bilhetinhos escritos em francês arcaico, cheios de palavras raras, confiados a pombos correios. Pseudônimos da época latinizavam os nome, Pierre se tornou Petrus.

O linguajar corriqueiro seguia o movimento, à moda dos personagens das peças históricas de Alexandre Dumas e de Victor Hugo, com expressões como: Por Belzebu! Pelos chifres de Auroch, inferno e danação, terra e céu. A idéia de retorno ao medievalismo chegou até o ponto proposto pelo escritor Roger de Beauvoir, de transformar o jardim de Tivoli num campo de torneio, onde jovens se enfrentariam até a morte, como verdadeiros cavaleiros, armados de lança, vestindo armadura e cota de malha.



Para Bollon (1993:57), a priori nada de muito sério nisso tudo – a não ser um grande revival como os que acontecem regularmente nas sociedades carregadas de passado, em épocas em que sua identidade acha-se incerta, afetada por mutações fundamentais. Um vento de nostalgia dominante que avivara o efeito de imitação…concebido pelas artes dominante


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