AFRODITE _ A DEUSA DO AMOR E DA BELEZA
((PARTE III))
Afrodite, Símbolos e Representação nas Artes
O mito de Afrodite representava para os gregos a consciência do poder da reprodução na perpetuação das espécies e dos seres humanos. Personificava o instinto natural do sexo e o sentido da fecundação. Era a deusa do amor no sentido mais extensivo da palavra. Na época homérica, o atrativo sexual incontrolável e sem limites era considerado pernicioso, aspecto refletido na lenda da paixão proibida entre Ares e Afrodite. A honra, o lar, o amor puro, era símbolo da civilização homérica. Somente três deusas não se deixavam corromper pelo poder do amor, do desejo e da paixão incitados por Afrodite: Héstia (Vesta), deusa do lar; Atena (Minerva), deusa da sabedoria; e, Ártemis (Diana), deusa da caça. As três deusas trazem como característica principal a virgindade, a completa ausência dos desejos sexuais.
Nas artes, Afrodite, ou Vênus, inspirou vários artistas em diferentes épocas. Na escultura, chegou aos tempos atuais a famosa Vênus de Milo, descoberta na ilha de Melos, em 1820. Outras grandes estátuas foram perdidas no decorrer dos séculos. A deusa passou a ser o ideal grego de beleza feminina, levando a ser representada em corpos perfeitos, que com o tempo perdeu a característica divina, assumindo a beleza humana em seu esplendor. Na pintura, “O Nascimento de Vênus”, de Sandro Botticelli (1444-1510), é a obra mais famosa do mito da deusa do amor. Também os seus amores com Ares e Adônis geraram belíssimas telas de grandes pintores como Ticiano (1490?-1576), Veronese (1528-1588), Rubens (1577-1640) e Botticelli.
Deusa do amor e da beleza, Afrodite é, ao lado de Apolo, o símbolo maior da eterna obsessão dos gregos de atingir a perfeição do belo. Representa a paixão e o desejo sexual, o ser humano em sua maior essência, responsável pela felicidade diante da fecundação e da perpetuação da vida.
((TEXTO DO GOOGLE))