Cantor Pedro Leonardo deixa hospital em São Paulo
Jovem ficou internado por mais de dois meses no Sírio-Libanês.
Ele sofreu grave acidente de carro na divisa entre Minas Gerais e Goiás.
O cantor Pedro Leonardo, de 25 anos, teve alta e deixou na tarde desta segunda-feira (9) o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O jovem ficou mais de dois meses internado no centro médico paulistano, onde se recuperou de um grave acidente de carro ocorrido em 20 de abril.
"Muito obrigado, gente. Muito obrigado por tudo mesmo. Valeu. Estamos juntos", disse o cantor ao deixar o hospital. Ele vestia uma camiseta azul com uma frase escrita em branco: "Never never give up" (nunca desistir, em inglês).
N dia do acidente, o jovem voltava sozinho de um show que havia feito com o primo e companheiro musical Thiago em Uberlândia, Minas Gerais, quando perdeu o controle de seu carro. O veículo capotou na rodovia MGC-452, próximo à cidade de Tupaciguara, na divisa com Goiás.
Uma equipe do Samu de Itumbiara, em Goiás, socorreu o cantor e o levou a um hospital público da cidade. Ele foi colocado em coma induzido por causa da gravidade de seu estado de saúde. O diretor do Hospital Municipal de Itumbiara, Ernande Oliveira Rodrigues, explicou que o jovem teve politraumatismo na cabeça, que resultou em um pequeno edema cerebral. Pedro também sofreu uma fratura no fêmur esquerdo, que só foi corrigida no fim de maio.
O pai de Pedro, o também cantor Leonardo, soube do acidente pela mulher. “Ela falou: ‘Tenho um negócio muito ruim para te falar. O Pedro sofreu um acidente’. Botei um short, um chinelo, uma camiseta e desci para a sala. Liguei a televisão e comecei a andar na esteira. Eu meio doido, meio confuso, andando devagarzinho. E olhando a televisão e de repente falou do acidente. Aí que me toquei da gravidade que foi o acidente”, disse em entrevista ao Fantástico.
Após Pedro sofrer duas paradas cardíacas, uma delas de seis minutos, Leonardo decidiu pela transferência, o mais rápido possível, do filho para um hospital com mais recursos em São Paulo. O medo, porém, persistia. “Ele poderia morrer na viagem”, afirmou Leonardo.
‘Tenho um negócio muito ruim para te falar. O Pedro sofreu um acidente’. Botei um short, um chinelo, uma camiseta e desci para a sala. Liguei a televisão e comecei a andar na esteira. Eu meio doido, meio confuso, andando devagarzinho. E olhando a televisão e de repente falou do acidente. Aí que me toquei da gravidade que foi o acidente”, disse em entrevista ao Fantástico.
Após Pedro sofrer duas paradas cardíacas, uma delas de seis minutos, Leonardo decidiu pela transferência, o mais rápido possível, do filho para um hospital com mais recursos em São Paulo. O medo, porém, persistia. “Ele poderia morrer na viagem”, afirmou Leonardo.
A viagem de avião para a capital paulista ocorreu em 24 de abril. Para a remoção, foi necessário que as doses dos medicamentos que o mantinham sedado fossem aumentadas como medida de segurança. "É um processo bem delicado, afinal, o Pedro, apesar das melhoras apresentadas, é um paciente muito grave e precisamos fazer toda uma logística para transferi-lo”, afirmou na época o médico Wandervan Azevedo, diretor da UTI do Instituto Ortopédico de Goiânia (IOG), onde o paciente ficou internado durante alguns dias.
Pedro foi embarcado em um avião com UTI em Goiânia e fez um voo de cerca de uma hora e meia até o Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo. O deslocamento da ambulância pelas ruas da capital foi apoiado pela escolta de equipes da Polícia Militar e da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que chegaram a interditar um sentido do Corredor Norte-Sul na saída do aeroporto. No fim da tarde de 24 de abril, ele chegou ao Hospital Sírio-Libanês, na região central, e foi encaminhado para a UTI. Ele não sofreu complicações na viagem.
Melhoras
Nas semanas seguintes, o jovem apresentou melhoras consideráveis, passando a respirar sem auxílio de aparelhos e reagindo a estímulos externos. A sedação foi suspensa em 29 de abril, mas o jovem somente recobrou a consciência quase um mês depois.
A assessora de Leonardo, Ede Cury, contou que Pedro acordou ao ser instigado pela mãe, Maria Aparecida Dantas. "Pedro, fala oi para a mãe! Aí ele virou e falou: "Oi, mãe"", disse Ede. Ao ser questionado pelos médicos sobre quem era o pai dele, sorriu e respondeu: "Leonardo".
Poucos dias depois, ele passou por uma cirurgia de três horas para corrigir a fratura sofrida no fêmur esquerdo. Em 23 de maio, foi transferido para a Unidade de Terapia Semi-intensiva e, no início de junho, para um quarto do hospital.
Lá, ouviu e cantou músicas variadas, incluindo sertanejo de raiz e Waldick Soriano. “Ele pediu para eu cantar do Waldick Soriano, ‘Eu não sou cachorro, não’”, lembrou Leonardo. “Não sei por que pediu essa. Podia ter pedido outra: ‘Pense em mim’ ou ‘Temporal de amor’.”
Também passou a ingerir alimentos sólidos e a fazer sessões com fisioterapeutas e fonoaudiólogos. Por conta do tratamento, o cantor emagreceu 27 kg. Segundo a assessora Ede Cury, o jovem, que tem cerca de 1,90 metro de altura, deu entrada no hospital pesando pouco mais de 120 kg.
Em 29 de junho, dia de seu aniversário, ganhou uma festa surpresa com o tema “Batman”, seu herói predileto. O que era para durar no máximo 15 minutos se transformou em uma grande comemoração, com bolo e balões de ar, que se estendeu durante horas. Diversos amigos e parentes comeram bolo e se divertiram com o jovem.
A data também foi importante para Pedro porque foi a primeira vez que ele viu a filha, Sofia, de 1 ano, desde o acidente. Ao receber a garotinha, Pedro ficou emocionado, abraçou a filha, a beijou muito e a pegou no colo. Em seguida, chorou.
Na semana passada, comemorou a vitória por 2 a 0 do time de coração, o Corinthians, sobre o Boca Juniors. Para assistir pela televisão à final da Copa Libertadores, usou um amuleto. "Uma camisa oficial do Corinthians que ele ganhou de um jogador do time, assinada”, contou Ede.
Nesta segunda, comemora o retorno à vida normal. Como resumiu sua mulher, Thaís Gebelein, quando questionada sobre sua recuperação: “Tem que agradecer a Deus”.