Todo reencontro é basicamente uma maneira de recarregar a nossa força, para continuarmos firmes e de pé na estrada que nos guia até os nossos sonhos. Saber que me encontrarei com ele, já é motivo suficiente para eu me sentir a garota mais feliz do universo. Há um tempo atrás, eu estava planejando ir à cidade onde ele mora, para tentar um encontro mais próximo. Mas não foi preciso, porque ele se encarregou de vir em busca do meu coração. Amar alguém tão distante não é fácil. E mais difícil ainda é ter em suas mãos a metade exata que completa o teu coração e depois ter que deixá-la ir. É difícil aguentar a dor de ver uma parte do teu peito indo embora, e não fazer ideia de quando você vai tê-la de volta.
Quando eu o via chegar, era como se eu estivesse preenchendo a parte que faltava no meu corpo. Porque dentro de mim, sempre estivemos juntos. Eu sentia Deus unindo as metades dos nossos corações e transformando aquilo tudo num elo indestrutível. Mas assim como o encanto de Cinderela acabava a meia-noite, uma hora ou outra eu também teria que voltar para a minha realidade. Vê-lo partir sempre foi a pior parte de todas, embora eu não chegue a olhá-lo quando está prestes a desaparecer do meu mundo real.
Eu sempre vivi para nós dois, sempre respirei por nós. Se um ano tem 365 dias, em todos eles eu estarei elaborando planos “perfeitos” para os nossos reencontros. Acho que eu já devia ter me acostumado com essas idas e vindas dele – embora sejam mais idas, do que vindas – mas não tem jeito, ninguém foi feito para viver pela metade, eu tenho suportado tudo isso porque o que eu sinto é forte de mais.
É como todo ser humano que precisa da água para viver: Ele até consegue aguentar algum tempo sem bebê-la, mas quando percebe que não tem como prosseguir com sede, logo procura um açude para suprir a falta que a água causou.
E é assim que eu vou seguindo… Sempre caminhando em direção a esse açude – que em nosso caso, pode ser chamado de hotel, camarim ou show – para saciar toda a minha sede de você.