Nos olhos negros, da bela espanhola
Minha alma, se prendeu, num segundo
Meu coração, batia como castanhola
Meu pensamento, corria pelo mundo
Sua boca, vermelha, convidava para amar
Pela sua dança, me senti então envolvido
Seu requebrar, fazia o meu desejo brotar
Seu sapateado, me deixou enlouquecido
A espanhola, tomou conta de minha razão
Me tornou para sempre, um seu prisioneiro
Me arrancou do peito o meu pobre coração
Que ficou, seu escravo, preso em cativeiro
Eu que era valente, como um touro Miura
Me tornei seu escravo, preso a sua beleza
Este amor que me levou a extrema loucura
Ficou em Madrid, para minha eterna tristeza...