continuação do poste anterior:
O Condor, observou que o Sol lhe falava,
mas seus olhos ficavam fixos
no infinito, procurando talvez os olhos da Lua.
Então disse-lhe:
- Ora, ora amigo, tenho que pensar em uma
maneira de lhe ajudar.
E lhe ajudando, estarei sendo ajudado...
não só eu, todo o planeta!
O sol com mais emoção então perguntou:
- Como você poderá me ajudar?
- Devagar amigo!
Primeiro preciso me encontrar com alguns amigos de
hábitos noturnos e depois lhe darei a resposta.
E o Condor saiu voando mais que rapidamente e em
menos de 5 horas; quase à noitinha, apareceu junto à
encosta de uma montanha, onde o Sol
já se reclinara para adormecer e disse-lhe:
- Veja amigo, o que trouxe junto a mim!
São vários amigos de hábitos noturnos
e todos eles estão dispostos a lhe ajudar,
se você continuar durante o dia no céu,
mais forte do que nunca!
É esta a única condição imposta por eles, para lhe ajudar!
O sol intrigado com tantos animais ao seu redor,
então os perguntou:
- Então digam, o que vocês fariam?
Neste instante uma coruja, com a fisionomia bem
experiente e sábia, disse-lhe:
- Levaríamos à Lua, seus recados; suas notícias...
Tudo que precisar!
O Sol neste momento bramiu com grande satisfação
ao dito pela coruja.
E depois sorriu aliviado dizendo:
- Então digam a ela uma "coisinha"
muito importante;
que nunca tive tempo para dizer;
pois quando nos víamos,
ficava tão preocupado
pelo pouco tempo de encontro;
que esquecia de lhe dizer...
Digam a ela, que a amo!
Que a amo, mais do que tudo!
Que estarei sempre esperando
para nos encontrarmos!
Que serei guardião do dia
e ela será a guardiã da noite...
E trabalhando juntos,
os dias e noites se passarão sem erros
e nos veremos novamente!
E quando nos encontrarmos novamente,
a amarei mais e mais...
Nem que demore
meio século para este encontro,
mas a amarei!
Os animais neste instante se emocionaram
com a clareza e transparência do Sol.
Agora sim, ele foi sincero em seu sentimento.
Ele não o escondeu entre as nuvens escuras
e não teve medo de falar o que sentia.
E a noite chegou.
A primeira a levar o recado foi a coruja.
Do alto de uma árvore,
disse à Lua as palavras do Sol.
Naquela noite,
uma chuva muito branda, mas "molhada",
molhou a Terra.
Cada gota de água da chuva,
representava emoções e sensibilidade da Lua.
Cada gota de chuva representava
Lágrimas de amor da Lua!
Lágrimas de esperanças...
Lágrimas de satisfação...
Lágrimas de confiança...
Agora a Lua sabia que não estava só...
E um dia, se encontraria novamente com o Sol...
Nem que demorasse meio século...
Mas o encontraria...
Na imensidão do tempo...
Ao "Sol " e a "Lua " que existem dentro
de todo ser humano;
que as nuvens e turbulências, apenas dêem um sentido
maior a existência desses dois seres!