A notícia é muito boa. Os exames realizados por Kaká no Brasil mostram que, em breve, ele poderá voltar a jogar pelo Real Madrid, já recuperado da lesão no joelho esquerdo, martírio antes, durante e depois da Copa do Mundo. Nesta sexta-feira pela manhã, foram feitas algumas avaliações de imagem e à tarde ele foi examinado na Escola de Educação Física e Esporte da USP.
A primeira visita do jogador à universidade ocorreu em julho, após a Copa do Mundo da África do Sul. Naquele momento, preocupado com as insistentes dores no joelho e o complicado processo de recuperação na seleção, as notícias não eram boas.
O Mundial mostrou um Kaká corajoso, disposto a enfrentar uma lesão mal recuperada e, mesmo assim, a agravá-la com a camisa da seleção.
Os exames na USP não devem ser vistos como um procedimento comum, corriqueiro. Procurado pelo jogador, Turíbio Leite de Barros, ex-fisiologista do São Paulo, deu início a uma investigação científica mais profunda para encontrar respostas e chegar ao tratamento adequado.
A primeira cirurgia, realizada pelo médico José Luís Runco, da seleção Brasileira, precisou ser refeita pelo belga Marc Martens, segundo o qual Kaká “correu sério risco na Copa”. Um fragmento de cartilagem dificultou a articulação do joelho esquerdo e o levou a receber algumas infiltrações para jogar o Mundial.
Esse não é um assunto confortável para o meia do Real Madrid e futuro reforço do time de José Mourinho. Depois de quatro meses, o caso evoluiu positivamente, apesar da intenção do médico belga em realizar uma nova cirurgia. A rápida viagem ao Brasil, entre outras coisas, contribuiu para evitá-la e provar que tudo caminha bem.
A situação de Kaká foi muito mal conduzida desde o início, na seleção e no clube. A saída encontrada por ele foi solicitar ajuda a quem confia, caso de Turíbio Leite, que tratou de criar um roteiro de consultas e exames para o jogador no Brasil. A rápida passagem pelo país vai ajudar a recuperar a confiança: ouviu que está bem e voltará a jogar em alto nível. Grande notícia.