”(…) Mas esta água que me mata a sede, é a mesma que me inunda, que me arrasta, que me afunda. E amo-a mesmo assim. Sou mesmo avesso, e estou correndo até o lado mais ativo da guerra. Em meio aos canhões. A luz de que necessito, ofusca e brilha até queimar. E meu abrigo é oscilante, bambeia e balança até quase desabar. E os olhos em que repouso, me condenam. E braços me sufocam, negando afago, carinho, abraço. Amo o amor que me repele, me impede, porém o amo mesmo assim. Busco poema em frases feitas, e em meio ao vácuo, procuro batidas de um coração. Bebo da água que me afunda, mas ao menos mato a sede. E ainda que em meio a controvérsias, procuro amor em ti …”