Se eu pudesse dividir a liberdade que conquistei,
De provar o que provei e saber o quanto ainda não sei.
E fazer as pessoas compreenderem o bem de estar
E o mal de ser!
A glória de doar e a miséria de possuir,
A luz de saber sempre aonde ir
E dos infortúnios e tropeços
A paz de poder sorrir.
Se eles pudessem sentir!
Ah se eu pudesse tocar o metal de suas peles
E saciar-lhes a miséria abutre que os consome.
Se eu pudesse ao menos privá-los dessa insana fome.
E contar dos anjos com quem falei
O gosto agridoce dos frutos que provei.
E os mistérios intrincados nos olhos famintos que desvendei.
Eu estenderia meu corpo ao sol de suas cicatrizes e deitaria
minha luz
Em suas quimeras infelizes.
Esses homens de guerra.
Homens de posses!
Homens eruditos, cultos e tolos que são ás razões e as
exações.
Tolos homens letrados, alados, mas cegos ao céu pra voar,
Eloqüentes e mudos, auditores e surdos!
Olhando sempre dentro de si mesmos
Lançando-se aos seus próprios abismos
Criando monstros vorazes no âmago dos seus mundos.
Eu choro pela humanidade!
E faço meu amor maior
Minhas longas asas
E lanço minha piedade sobre suas dolorosas chagas.
Claudia Morett
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