Há um pôr do sol, que não é meu,
Muitas luas, pr"a além da minha,
E tantos outros sonhos…além das meus.
Há montanhas, que tocam quase, os céus.
Horizontes, além-mundo,
E um outro a ir e nĂŁo voltar.
Há suplĂcios nos dias de tanta gente,
Que porventura, os meus lamentos, serĂŁo pecados,
E os meus ais, serão, talvez, até demais.
Há lágrimas que se soltam sem rumores,
Muitas mais, entre sevicias agonias…
Longe da paz e distantes dos meus ais.
Um mundo excessivamente assombroso,
Pr’a ser apenas vislumbrado, pelo ego,
Sucinto Ă razĂŁo de um sentir.
Humildemente, atenta, ao meu olhar
Sem tropeços da insensatez ou da indiferença,
Mas todos nĂłs sentimos medo de sofrer.
Para além de tantos versos, já tecidos,
Há tantos outros, a tentar serem ouvidos,
Que incomodam os silĂŞncios dos mortais.
E a Lua, quiçá, desencantada,
Vagarosamente, desarreda da minha beira,
Pr’a não ser cúmplice da maldade e da cegueira.
💙💛❤️
Alice Bertolo 💙💛
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