Se um dia,
Sozinha em um turbilhão sem fim de emoção,
A saudade chegar como o amargor do absinto,
E se acomodar de vez em seu coração,
Então saberás, com certeza, o que há muito sinto.

Se um dia,
Perceberes o teu olhar no horizonte perdido,
E uma enorme angústia, um profundo vazio exceder,
Esmagando, sufocando, comprimindo o coração ferido,
Então saberás, com certeza, como é o meu padecer.

Se um dia,
Ao acordar e notar, que já não tens com quem compartilhar,
O nascer do sol e a natureza confirmando sua existência,
Alguém que te afaga te abraça, te vê espreguiçar,
Então entenderás, com certeza, a dor da ausência.