Na minha dor cabe o tempo. O tempo de esquecer, de levantar. Tempo de virar a página. De tentar ser mais e melhor. De buscar a Fé e a Força em Deus e energia positiva em volta de pessoas do bem. Tempo de me amar.
Na minha alegria cabe o riso. O riso daqueles que convivem comigo. De dias grandes cheios de gente dentro. De conversas jogadas fora. De gente fazendo gracinha só pra me encantar.
Na minha amizade cabe um abraço. Daqueles que envolvem o mundo todinho com as mãos. Daqueles que esquentam e traz paz e carinho, aconchego e vontade de ficar morando dentro.
Na minha prece cabe o outro. Aquele que mora perto, ou longe, do outro lado do mundo e que eu não conheço, mas sei que existe. Que existe e precisa de luz. Que existe e precisa de paz. Para eles eu mando meus pensamentos mais bonitos, paras eles eu mando o pouco que me cabe, mas que é inteiro coração.
Na minha solidão cabe um livro. Cabe uma lágrima rolando sozinha, mas que me acrescenta algo de divino. A lágrima é que me humaniza. Faz com que eu estique a alma num varal de delicadezas.
Na minha eternidade cabe nós. Cabe eu e minha família. Eu e meus amigos. Os de perto, os de longe... Cabe os dias bonitos. Cabe os choros divididos, os risos compartilhados, os abraços jamais esquecidos. Cabe os laços, cabe as luzes, as memórias e suas saudades.
Na minha vontade cabe um jardim. Uma casinha rosa com janelas brancas. Uma roseira no quintal e um girassol na porta de entrada. Cabe um amor limpinho morando dentro dela. Cabe eu e minha história, bordada de afinidades, amor e leveza.