Hoje sem brumas...
Meus olhos voltaram a viver.
Pois descansam nos teus.
Não mais persigo o tempo.
Ah! Que saudades senti...
do toque de tuas mãos...
E do contato da tua pele.
A tatuar na minha teus desejos...
E a marca de teus dedos.
As madrugadas prolongavam-se...
Ao som de uma declaração de amor,
e na ausência de uma poesia.
Mas hoje o sol voltou a brilhar.
As nossas flores parecem bailar...
E o sorriso voltou.
Meu corpo encontrou novamente abrigo,
Em teus braços me aconcheguei...
E no teu peito descansei.
E haverá nessa noite, a nossa estrela a
brilhar.
O beijo da lua a tocar nossos corpos
E em minhas mãos terás todas as carícias,
a ansiar pelo caminho do teu corpo...
Matando saudades...
Tomando posse...
Como água represada...
Que de repente rompeu o dique...
E transformou-se em cascata...
E nesse instante terás a certeza
que meu corpo é teu.
Pois o meu corpo tem o teu coração
E o meu coração contigo há sempre de estar.
E vou deixando entre teus dedos a melodia dos
meus desejos...
E o silêncio dos meus lábios.
Na eloqüência de tuas fantasias...
Tu deixarás nos meus seios, teus gemidos...
E a sede de tua boca.
Vera Beaucamp (LuBeau) em 10/05/07