Meus olhos se perdem...
A passear pelos teus...
Faceiros...
Maliciosos...
Saudosos...
Plenos de ternura.
Mas...
Ah! Loucura!
Devaneios...
Fantasias...
Coração insensato!
O que me fascina mesmo amor
São tuas mãos...
Ah! Essas tuas mãos...
Fico perdida...
Quando as tenho nas minhas...
E em concha elas percorrem meu rosto...
Delineando cada traço...
Com a ternura e a leveza do beijo da brisa...
A brincar nos trigais afagados pelo toque do sol.
Tuas mãos, meu amado...
São como o canto da sereia, em noite de lua...
A seduzir pescadores.
Tateando...
Medindo...
Acariciando...
Ah! Tuas mãos...
São como teus olhos...
Um farol a guiar a dança do meu corpo
Sobre o teu.
E, onde encontro um motivo,
A mais para poetar.
Vera Beaucamp (LuBeau) em 11/02/07