Nos teus momentos de silêncio...
Quando necessitas ficar a sós contigo mesmo.
E mesmo quando o burburinho do mundo lá fora
te assombrar com suas confusões.
Eu te amo,
quando o teu coração descansa...
Na calmaria dos teus dias em comunhão
com Deus.
E até mesmo quando teus olhos se nublam
pelas Graças recebidas.
Eu te amo,
Quando nos meus seios repousas a tua cabeça...
No redemoinho da agitação do dia.
E no abraço suave da noite que se despede da manhã,
tuas mãos procuram as minhas...
E aí feito menino grande, depositas teus sonhos...
Eu te amo,
Até mesmo quando em versos me despes...
E nos meandros de tua mente me buscas...
Na ternura com que me fitas...
Trazendo brilho para meus olhos...
E colorido para meu corpo...
Eu te amo,
Assim...
Tão docemente...
Quanto o mel a se derramar do lábio amado.
Com a sofreguidão com que o vento balança a palmeira.
Com o zelo que o pássaro tem por seu filhote.
E até na malícia com que as estrelas cobiçam o céu...
Eu te amo...
Tão ternamente...
Quanto o murmúrio da brisa...
A beijar a face amada.
E com a certeza com que a ave desnuda o espaço...
Sem desvios...
Num vôo livre...
A se perder no infinito.
Assim, eu te amo!
Vera Beaucamp (LuBeau) em 11/02/07