Amor,
de mim, nunca te foste.
Ainda que minhas mãos se tornem
ausentes do calor das tuas.
E meus olhos chorem a falta dos teus.

Guardo-te em mim...
Como se de mim tu fizesses parte.
Tenho-te em mim, em cada poesia,
E em cada suspiro da noite que reclama
Das estrelas a sua ausência.

E em cada verso das poesias que te faço...
Tenho-me em ti, na ternura com que me tens,
Nos gestos tão nossos...
Nessa dança febril...
De meu corpo no teu.

E hoje me deito, aqui...
No colo dos nossos sonhos.
Revivendo momentos.
Sentindo as tuas mãos a tocar.
Teus lábios nos meus.
E eu aconchegada no universo
Do teu amor.

Percebo que eu sou tu e tu és eu.
E que navegamos nesse mar aberto
Seguindo a mesma rota...
Que nos leva a um destino único.
E tornamo-nos um só.
Na magia desse amor.

Vera Beaucamp (LuBeau) em 11/02/07