Se na inutilidade dos meus pensamentos...
Sinto-me órfão de tuas mãos e ausente
dos teus lábios...
Como rimar meu coração na distância dos teus
passos e no compasso dos meus versos?
De que me servem o silêncio dos meus lábios,
e a eloqüência dos meus pensamentos?
Quando me perco nas rimas de uma saudade
E na dor de uma ausência?
E no correr dos dias idos...
Na solidão de palavras não ditas...
Pronuncio-me em versos...
No ruído mudo de confissões nuas.
A murmurar numa poesia...
A saudade de uma noite de luar...
Vera Beaucamp (LuBeau) 07/11/09