Esperas
Esperei-te, Sempre!
Na vida que despertava no verbo do Criador.
Quando as flores cantavam uma canção de ninar.
E o riacho murmurava um louvor a criação.
Esperei-te,
Quando a poesia engatinhava nas brumas do tempo.
Quando a terra estava gritando na alegria de seu despertar.
E o trovador dedilhava uma canção de amor.
Esperei-te,
Com a paciência do tempo a fazer-se colcha de retalhos
nos meandros de uma história de amor.
E no pássaro a beijar flor que se abre para a vida.
Esperei-te,
Com a sofreguidão com que o mar beija a praia
em noites de tempestades.
E na calmaria com que o vento se transforma em brisa a acariciar a face amada.
Esperei-te,
Quando minha alma acordava para a beleza do amor.
E a cascata se deitava em pura contemplação
pelo milagre da vida.
Esperei-te,
Na chuva abençoada a semear vida.
No sol a aquecer a terra.
No pássaro a desbravar o espaço.
E nas estrelas a namorar o céu.
Esperei-te,
Nas poesias com que te falo do meu amor.
E nos meus momentos de comunhão com Deus.
Quando elevo meus olhos para o céu e neles
contemplo a paz do teu amor e a pureza dos teus sentimentos.
Esperei-te, tanto amor.
E enfim te ENCONTREI!
Bem aqui, no silêncio do meu coração.
E nos acordes do meu corpo.
Vera Beaucamp (LuBeau) em 10/04/07