Devesse declarar-me em rendas de ternuras...
E olhos de veludo para guardar-te em mim;
Numa seqüência lógica, e numa linguagem muda.
Talvez...
Deixar-me em céus de estrelas...
E anunciar-me em versos...
Na certeza de teu amor por mim...
Calando-te da incerteza do porvir
Que se arrasta nas paisagens,
das minhas mãos a procura das tuas.
Talvez...
Pedir-te perdão...
Pelos meus lábios ausentes dos teus,
Na vã carência da minha pele na tua...
E do aconchego dos meus braços nos teus abraços.
Talvez...
No velejar dos meus sonhos...
Dar-me a ti,
Nos silêncios que se perpetuam,
Nos afagos da noite que se deita...
Talvez...
Desviar-me de ti...
Deixando meu coração a deriva...
Fugindo da música dos teus olhos...
E das carícias de tuas mãos...
Talvez...
(LuBeau)