Falo-te numa linguagem de mãos...
Mãos que não se contradizem
quando buscas as tuas.
Confessando-te minhas saudades,
Nas estrelas que bordam o céu.
Falo-te milhões de coisas...
Nos lábios que te passeiam,
Nos olhos que te degustam
Nos dedos que te tocam.
Falo-te, meu amado.
Na linguagem dos sentidos.
Nas carícias dos meus olhos,
pousados sobre os teus...
E na ansiedade da minha boca.
a procurar a tua.
Falo-te, numa nudez de palavras,
Numa poesia silenciosa,
Num passar de páginas...
Num abrir de rimas...
Falo-te, na ausência do teu corpo do meu.
Quando me debruço na miragem dos teus olhos,
a se perderem na infinidade das lembranças que levo de ti.
Falo-te, aqui, simplesmente do guardar-me, de ti,
nas palavras que não te falo.
E no amor que não te confesso.
LuBeau 08/11/2008