Não me conquistaste com taças de cristal.
Nem mesmo com almofadas de cetim.
Nem com palavras de veludo.
E dedos de marfim.
Não me conquistaste pelos anéis de teus cabelos.
Nem pelo vôo do pássaro a tua janela.
Nem mesmo pelo barulho do mar a beijar a praia.
Ah! Não!
Nem mesmo por esse olhar que diz tanto e nada diz.
Não meu amor!
Não me conquistaste por tua boca risonha a brincar
na minha.
Pela sapiência de tuas mãos a deslizarem no meu corpo.
Nem mesmo pela dança do teu corpo no meu...
Ah! Nem mesmo pela doçura de tua voz...
Conquistaste-me, oh meu amado!
Assim...
De mansinho...
Quando me puseste em rimas.
E mergulhaste os teus olhos nos meus.
Conquistaste-me apenas...
Quando se fez silêncio no meu coração.
E eu pude escutar o teu coração.
Assim me conquistaste.
Vera Beaucamp (LuBeau) 24/01/2010