Se algum dia não me encontrares, no que restou de mim e que sobrou de ti... Procura-me nas chances que te dei e mesmo assim me perdeste.
Se algum dia não me encontrares, no sabor do café é porque as tuas idas e vindas me fizeram desacreditar e partir.
Erros acontecem, na verdade ninguém é perfeito, mas a VERDADE para mim é sublime. Devias ter aproveitado a primeira chance que te dei. Aquela em que partilhamos o mundo de dentro para fora, os segredos, as músicas, os afectos sem serem mendigados.
Lembra aquele tempo em que não me pedias chances, porque eu era tua! No baú da intensidade, entre a vida e a tua sombra no rodar da chave.
Se algum dia não me encontrares, no que restou de mim e que sobrou de ti... Imagina só o que dirão as palavras quando o globo gira, o que dirá o tempo mesmo calado, o que dirá o coração cansado. Sei lá... Porque amei tanto pecado.
Se algum dia não me encontrares, no que restou de mim e que sobrou de ti...
De ti? Apago os poucos o teu nome nas veias mais intimas, e os rabiscos das mentiras mais sombrias, nesta coragem que aperta quando dei o melhor de mim e recebi o pior de ti.
Se algum dia não me encontrares, no que restou de mim e que sobrou de ti...
De mim? Restou a vontade de seguir em frente, a garra de dar vida à vida na simplicidade dos dias, na força de que nada perdi.
Nada restou, se não estas palavras... "A vida é um sopro".
E eu! quero viver!
Entre nós nada começou...
Mas houve um dia em que escrevi FIM!
Lembras? ADEUS AMOR.
_Carla Tavares
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