Entre o nada e o quase
Entre o tudo e o quase tudo
Entre o quase tudo e o quase nada
O céu o inferno/O mal e o bem/O bom e o mau
O silencio e a mudez/A intenção e a ausência
A pretensão e a frequência/A trajetória e o alvo
O começo e o fim/Fim e recomeço
Entre a condescendência e a sofreguidão
Entre o perdão e a resignada força
Justiça e fé/Talento e vontade/Disposição e oportunidade
Existe uma ponte móvel
Um acesso, um olhar, um julgamento
Uma eternidade, um momento
Que nasce entre o alvorecer e o crepúsculo
E morre na madrugada, nu sob a ponte
Apesar do estrelado manto/Que cobre tudo
Que tudo vê e sente/Que liga o ontem ao horizonte
Num emaranhado de linhas, tênue e invisível
Imaginária ponte que o vento leva sem romper
Gigantesca teia entre o nada e quase tudo...
Vera Celms
Postado por:Lua_Iluminada