Os historiadores observaram que as histórias míticas dos celtas talvez sejam a origem dos romances de cavalaria da Europa Medieval. Uma delas parece ter inspirado a maior história de amor de todos os tempos, Romeu e Julieta, que na versão original seria Baile e Ailinn.
Eles eram régios de nascença. Baile, herdeiro de Ulster, e Ailinn, neta do rei de Leinster. Contudo não haviam se separado por causa da inimizade entre Montecchios e Capuletos, mas pela artimanha de um inimigo espectral. O casal combinara de encontrar-se em Dundealgan, e Baile, que chegara antes, foi recebido por um estranho. Ele disse a Baile que Ailinn tinha partido ao encontro de seu amado, mas os homens de Leinster a impediram, e seu coração sucumbiu de dor. Baile ao ouvir triste notícia, não resistiu e tombou ao chão morto na praia. Um mensageiro fora até a casa de Ailinn, que ainda não tinha partido e lhe disse que vinha do Ulster, próximo da praia de Dundealgan, onde vira alguns homens erguendo uma lápide e nela lera o nome de Baile. Aillinn também não resistiu. Dizem que de sua sepultura nasceu uma macieira, cujas maçãs exibiam a semelhança do rosto de seu amado e ao mesmo tempo, no túmulo de Baile, surgiu um teixo assumindo a aparência de Ailinn. Segundo a lenda, as duas árvores foram derrubadas e transformadas em varinhas de condão, nas quais os poetas do Ulster e de Leisnter entalhavam as canções de tragédias de amor de suas duas províncias, em ogam.
Passados duzentos anos, o "Solitário" Art, rei da Irlanda ordenou que fossem levados para o salão de Tara e, assim que as varinhas de condão se viram sob o mesmo teto, elas se uniram e nada pode separá-las novamente. O rei mandou que fossem guardadas como uma das jóias de Tara.
Espero que tenham apreciado. Essa é a continuação de Mitologia Celta.
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Fonte: Livro - Mitos e Lendas Celtas (Charles Squire)
(Por Bruxinhachellot)
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