O cinema americano me deixa intrigado
Todo mundo tem um bastão de beisebol em casa
Mulher que mora no mato é toda bonita e maquiada
O vilão malvadão e sem dó
Não morre de um tiro só
Só com muita tortura e pancada
Nos de terror tem caboco corajoso demais
O maior “Deus é mais” acontecendo no escurão
Mas o artista sempre desse no porão
Espreita pela casa
Procurando alma penada
Mata nois do coração
E depois de fugir do local do assombro
Sempre tem um artista que espera
Ainda volta pra buscar a cadela
Ja tá desabando o mundo
E no ultimo segundo
Consegue sair com ela
Quando o vilão pega o mocinho
Nunca vi maior besteira
O elemento nunca atira de primeira
Conta toda armação
As corda folga das mão
E o mocinho toma a dianteira
E pense nuns detetive inteligente
A polícia é enganada todo instante
Mas eles sempre com uma conclusão mirabolante
Basta um palito na cena do desatino
Que já diz tudo do assassino
Tá perdido o meliante
E os carregadores de mala coitados
São usados só pra sofrer
Sempre os primeiros a morrer
Se te tiver bixo brabo
São tudo devorado
Enquanto o mocinho correr
Roubar carro é fácil demais
Tem pra escolher a vontade
No para-sol sempre tem chave
O motor não pega de primeira
E quando o malvado chega a beira
Que o cabra foge de verdade
Outra coisa que impressiona
É a facilidade de matar
É só pegar no pescoço e girar
Ou então uma coronhada
Sem sangue nem zuada
No botão de desligar
Mas o mais intrigante é o artista
Que tem uma incrível regeneração
Se arromba com tiro e explosão
Pula de carro em movimento
Enfrenta bixo sanguinolento
E sai sem um arranhão.
Autor: lobo mau