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Poeta sem paixão
Perturbada pela alma que diz “não és nada”,
Na obscura sombra da noite esquecida,
Na ânsia de ressurgir de onde jaz abandonada
Em busca do sentido que guie sua vida.
Alma de poeta aprisionada na existência sem magia
Coração desorientado sem a paixão que “abomina”
Olhos embaçados na névoa da mesmice que asfixia
Corpo arqueado no desânimo que o domina.
Lentos passos ao nada, artrite da alma sem destino,
Sob sol escaldante que a flor murcha e de sede mata
No deserto de uma vida onde se perdeu da luta o tino.
Poeta sem paixão, a vilã que, afinal, o resgata.
Lídia Sirena Vandresen
-18.10.07-
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Texto em inglês
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