Alma de pássaro selvagem
Aprisiona-a!
E a verá fenecer.
Liberte-a!
E seu canto surgirá como um alvorecer.
Como pássaro que é, deseja voar,
Ao vento, no espaço aberto,
Sem hora pra voltar,
Sem rumo certo.
Também ave faceira, faz seu ninho,
Encanta o companheiro e troca carinho.
Alimenta e cuida da cria querida,
Mas os ensina a voar e os devolve à vida!
Vai criança feliz saltitante, em tua liberdade,
Passeia entre as flores e os amores,
Mas, volta minha alma!
Pousa no ombro de quem te ama de verdade.
Descansa.
Também tu necessitas de calma.
Pouse tranqüila,
Confiante
E, se tentarem te aprisionar,
Fuja!
Porque quem te quer amante,
Deixa-te livre para viver e sonhar!
Lídia Sir Vander
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