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QUANDO O SONHO É INVADIDO PELA TRISTEZA.
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*

O sonho.

Era uma estrada ampla, larga, tranqüila naquele dia,
Parecia infinita...
Deveria levar ao céu ou a um lugar qualquer,
Não importa.
Ele ao volante, ela exuberante transbordando alegria,
No sorriso do poeta o amor por aquela mulher.
Não tinha destino esta rota infinda,
Ou, se houvesse um, não o conheciam ainda.
Apenas, daquela viagem, saboreavam a magia.
Só alegria, que contagia,
No riso, no olhar, nas palavras, nas estórias da amada.
Como queria!
Se tivesse o poder de uma fada,
Ah! Deteria o tempo e seguiria infinitamente
Viajando ao seu lado, naquela estrada,
Rumo ao nada.
Simplesmente.
Mas, parou o carro, havia um jardim, onde ela apontava.
Radiante, embrenharam-se no campo florido
Correndo solta, linda, em seu vestido,
Fazendo das árvores parceiros de dança
Olhar provocante de menina faceira, tal criança,
Ela enfeitiçava o poeta, por certo,
Encantado, embevecido, no seu sorriso aberto.
Num lago de águas calmas e límpidas, como o céu,
A menina, feito sereia, o enfeitiça ainda mais,
Corpo molhado, vestes coladas, transparências de seus ais,
Despertando um vulcão de desejo.
Erupções contidas, enfim liberadas naquele terno beijo.
E quando tudo parece perfeito, na alegria de amar,
O sonho que sempre desejou sonhar,
Aparece a névoa.
Névoa densa que se aproxima amedrontando os amantes.
Névoa má.
Que obscurece tudo ao redor, como nunca vira antes,
Levando com ela a alegria daquele momento,
Arrancando dos braços a deusa de seu encantamento.
Deixando nas almas só o vazio que angustia.
No auge do desespero, ele quer naquele mistéio adentrar
Não é possível esperar, precisa saber o que tenta esconder.
Mas a amada o impede. Não, não tem como deixar!
Seu poeta, seu grande amor, jamais há de perder!

Enfim, fez-se dia.
Vem a luz à sua janela convidá-lo à realidade
É hora de acordar de verdade,
O sonho acabou
E o poeta chorou.

*
Outra vez como tantas outras que sonhou, e sonharia,
Mais uma vez, a mesma história, a mesma estrada,
O mesmo jardim e a aquela névoa malvada,
Deixando o rastro de incerteza, ferindo sua poesia.

Lídia Sirena Vandresen (21.11.07)

Amor, quero que nosso amor seja sempre assim, sem névoas, sem medos. Eu amo você!

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