O fim da tempestade
A tempestade se foi, desapareceu do nada,
a chuva cessou, ficou o silêncio sem flores,
mas as folhas têm o orvalho a lembrar dos amores
brilhando ao sol que desponta na madrugada.
Uma brisa suave anuncia um dia pacato, esquecido,
logo o calor se fará visível tremulando nos telhados
e o oceano tão inerte, parado, emitindo sons calados
lembra um imenso lago no vale adormecido.
Tudo parece estar descansando, afinal,
o vento, os coqueiros, a areia quente,
nem a lua dará o ar da graça, dormente.
É, parece que a vida voltou ao normal.
Foi-se a tempestade, os raios, os trovões,
a paixão, o medo, e todas as suas emoções.
É bom relaxar, respirar lentamente, descansar,
até o dia em que tempestade voltar...
Então levantarei, como se renascida,
sorriso escancarado beijando a vida,
e libertarei o grito que meu peito calou:
Ah minha querida, como você demorou!
Lídia Sirena Vandresen
08. 12.2011
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Se nada te dei, por que este vazio agora?
Queres saber o que te ofertei?
Sinta o que te faz falta depois que fui embora.
(Lídia Sirena Vandresen)
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Que eu tenha a ciência de escolher o terreno fértil,
a sabedoria em semear a semente boa,
o compromisso de afugentar os pássaros,
a persistência em cultivar a frágil plantinha,
e a paciência para esperar os frutos maduros.
(Lídia Sirena Vandresen)
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