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O Gigante e o Natal


Há um oceano revolto, profundo,
ocultando um turbilhão de emoções
prestes a formar um tsuname
capaz de abalar o mundo,
o meu mundo interior,
e revirar minhas razões.

Em suas águas escuras
esconde-se um gigante,
ele quer me destruir,
invisível inimigo,
e levar a alegria.
Não obstante,
entender eu não consigo,
porque ele faz isso comigo.

Ali rugindo pensamentos,
feito diabo a cuspir
desejando de minhas forças me despir,
fazendo meu peito tremer.

Isso me apavora.
Perdida num labirinto,
é como eu me sinto.
Quero desaparecer,
adormecer, esquecer,
fugir, ir embora.

Mas nada acontece,
enquanto o gigante se aproxima
e cresce.

Vou fingir que não sei dele
e esperar que desista de mim.
Amanhã será um novo dia,
e eu, despertando dessa agonia,
serei outra vez feliz,
simples assim...
Afinal, é quase natal
e quem não é feliz no natal?...

Pelo menos é o que se espera de nós,
que a felicidade espontânea seja condição.
Eu não posso perder tempo, então,
preciso fazer desse gigante minha caça
para que o natal volte a ter graça.


Lídia Sirena Vandresen
07.12. 2011

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Que eu tenha a ciência de escolher o terreno fértil,
a sabedoria em semear a semente boa,
o compromisso de afugentar os pássaros,
a persistência em cultivar a frágil plantinha,
e a paciência para esperar os frutos maduros.
(Lídia Sirena Vandresen -13.10.2011)


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Texto em inglês

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