De ti hei de guardar somente
O que couber na lembrança
Levarei o que não puder olvidar
Num canto apartado do peito
Bem distante do coração
Lembrar-te é morrer de mansinho
E por mais belo que seja o morrer
Vivo me quero de todos os meus dons
Se uma insignificante faísca
Incendiou nossa paixão
A mais minúscula gota d’água
Transbordou nossos olhos
Inundando nosso idílio
Fazendo o sonho jiboiar
Ponderando o fim de nós dois
Se guardarás de mim
Mais do que hei de guardar de ti
Levarás tão somente
O que não puder olvidar
O que couber na lembrança.
Reginaldo Honório da Silva