A presença de Kaká tem como primeiro grande impacto na Seleção Brasileira a diminuição dos holofotes em cima de Neymar. Antes símbolo quase solitário de um time renovado, o atacante santista agora deve dividir as atenções do grupo com a sequência planejada por Mano Menezes ao experiente meio-campista, como já ficou evidente no treino realizado nesta terça-feira em Wroclaw.Entrevistado em sua apresentação no hotel e pelo site da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na segunda, Kaká ainda respondeu a perguntas nesta terça-feira e atraiu grande número de jornalistas estrangeiros.O jornal espanhol Marca, por exemplo, mandou um repórter e um fotógrafo para a Polônia tendo como principal alvo o jogador do Real Madrid. No ano passado, jornalistas dos periódicos do país seguiam a Seleção principalmente por causa de Neymar, na época envolvido em rumores de transferência para o Real e Barcelona.
O mesmo efeito Mano Menezes espera que ocorra dentro de campo. Uma das avaliações do treinador nestes dois anos de trabalho é de que falta à Seleção jogadores de peso para servirem de escudo para a jovem base que está sendo formada para Copa 2014. A tentativa com Ronaldinho fracassou, mas Kaká tem todas as características para realizar essa função.
Em seu primeiro treinamento com um grupo praticamente desconhecido, Kaká enfrentou a timidez para tentar se entrosar com um grupo jovem. Brincou com os novos companheiros, não tirou o sorriso do rosto e fez as primeiras tabelinhas com Neymar. E adotou um discurso de que não quer ser tratado com reverência.
"É um novo grupo. De todas as copas que participei, essa é a maior mudança. Estou quietinho, na minha, só ouvindo e aprendendo", disse. Do time que está concentrado para os amistosos contra Iraque e Japão, apenas Thiago Silva e Ramires são remanescente