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trechos da coletiva de Kaká



Kaká entra em conflito com jornalista por questões religiosas

Sempre muito comedido com relação a críticas à imprensa em suas entrevistas, o meia Kaká causou um pouco de surpresa nesta quinta-feira ao disparar contra o jornalista Juca Kfouri. Depois de uma pergunta do filho de Juca, André Kfouri, da ESPN Brasil, o meio-campista aproveitou para comentar sobre a coluna no jornal Folha de S.Paulo em que o experiente jornalista e comentarista escreveu falando da lesão sofrida pelo meia do Real Madrid no púbis.

"Eu queria aproveitar a sua pergunta sobre minha recuperação para falar sobre a coluna publicada por seu pai ontem (segunda-feira), dizendo que o meu problema era mais sério do que o divulgado", disse o jogador. "Há muito tempo, a artilharia do Juca Kfouri já está voltada para minha pessoa. O problema dele em relação a mim é minha fé em Jesus Cristo. Da mesma forma que respeito ele como ateu, queria que ele me respeitasse pela minha fé em Jesus Cristo".

O jornalista Juca Kfouri, que está na África do Sul cobrindo a Copa do Mundo credenciado pela Folha de S. Paulo, não estava presente na entrevista em que Kaká fez as reclamações.

O jogador preferiu não comentar muito as brigas de Dunga com membros da imprensa. Mesmo afirmando que não viu a discussão de Dunga com o jornalista Alex Escobar, da TV Globo, o meio-campista saiu em defesa dos desabafos do treinador da Seleção Brasileira.

"Acabei de dar uma resposta porque estava na hora de fazer isso. Dunga sofreu muito com críticas ao longo da carreira, sobre isso cada um fala por si só". O jogador comentou também sobre as reclamações da imprensa de que tem pouco acesso aos atletas da Seleção.

"Entrevistas e este tipo de coisa, juntos de uma forma coletiva decidimos que seria feito desta forma, com entrevistas coletivas diárias e um contato maior apenas depois dos jogos. Muitos já foram em Madri, fizeram entrevistas especiais, de vários tipos comigo. Não vejo nenhum problema em dar entrevista. Não me atrapalha. Só que acho que vocês têm que ressaltar este sentimento da Seleção que é ver a foto de uma criança com a camisa, gritando "Brasil". É este sentimento que temos de patriotismo. Isso que motiva, de ajudar a Seleção, porque é único".



Kaká lamenta expulsão e avisa: "Ninguém tem sangue de barata"

Kaká ainda não digeriu sua expulsão na partida contra a Costa do Marfim. Fora do jogo contra Portugal na próxima sexta-feira, em Durban, ele já avisou, porém, que não vai fugir do confronto diante de rivais que abusam dos lances ríspidos.

- Apesar desse grupo ser tranquilo, ninguém tem sangue de barata. Vocês puderam ver o que aconteceu em campo e porque tivemos esse tipo de atitude. A seleção não foi desonesta ou desrepeitou o adversário sem a bola. Não tivemos nenhum tipo de problema e vocês nunca viram a seleção ser violenta. Mas vocês nunca vão ver a seleção retroceder em um confronto mais físico, de divividas - avisou o jogador.

Kaká teve que deixar o campo por levar o segundo amarelo ao deixar o braço na direção de Keita. O marfinense forçou o choque, foi atingido no peito e simulou ter recebido um golpe no rosto. Para ele, o lance que causou a sua saída ocorre em várias partidas do futebol mundial, e o árbitro francês Stephane Lannoy acreditou na simulação do rival.

- Não aconteceu nada demais. Aconteceu uma jogada que acontece em todos os jogos. Se eu tivesse tido uma atitude irresponsável, eu chegaria aqui e pediria desculpas para vocês (jornalistas) e para o grupo. Joguei uma partida normal e que acabou com a minha expulsão.

O apoiador da seleção brasileira admitiu que vai tomar mais cuidado a partir das oitavas de final. Segundo o jogador, a arbitragem da Copa do Mundo tem sido severa com todas as seleções.

- Vou tomar mais cuidado, mas não sei o motivo do primeiro cartão amarelo. Em um momento importante como é a Copa do Mundo, nós temos que evitar esse tipo de coisa. O relatório da Fifa já chegou e o que está escrito é bem simples: segundo cartão amarelo e expulsão. Eles tiveram coerência e não viram maldade no lance - afirmou.

Kaká negou que estivesse nervoso no segundo tempo da partida diante da Costa do Marfim.

- Irritação seria se eu tivesse dado uma porrada em alguém, se tivesse dado um carrinho. Não é uma irritação de quem vai brigar com o adversário. É uma irritação de alguém que quer ganhar a partida de qualquer maneira.

No fim, a estrela da seleção brasileira revelou que a sua avó Vera não poupou a atitude do árbitro. Porém, com muito bom humor, Kaká não contou o teor das críticas

- Não posso falar o que ela falou do árbitro. Com todo o carinho que ela tem, ela deu umas facadas no árbitro (risos). A minha avó estava superfeliz por eu ter jogado bem.


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