Esposa à moda antiga
Tem ciúme do Kaká?
Eu não nunca tive, principalmente de
fã. A gente tem um zelo. É porque ele é meu. É um cuidado, em uma festa e
alguém vem… As fãs são tranqüilas, amorosas, a maioria gosta muito de
mim, vem conversar.
Qual o segredo para essa paixão durar 10 anos?
Acho que os altos e baixos do
casamento faz você cada dia ter que reconquistar. Então a gente se
reconquista. Tenta sair da mesmice, sabe? Principalmente depois que vem
os filhos, a gente acaba falando só disso. Tem que ter aquela coisa da
conquista, de carinho, de surpresa, de chamego, um dia escrever no
espelho, deixar um recadinho na carteira, colocar uma música no carro…
Vocês têm algum apelidinho?
Eu chamo ele de Bu.
Por que Bu?
Por causa daquele filme Monstros SA,
que a menininha falava Bu e assustava o monstrinho, eu achei aquilo
muito fofo, então ficou Bu. Ele me chama de Bu também, mas mais Vida,
Amor. Quando ele tá bravo é Caroline. E é só a minha mãe e ele que me
chamam de Caroline.
Como convenceu o Kaká cantar?
Pensei que seria mais difícil. Mas ele
viu como uma prova de amor sabe? Ele falou: “eu vou dar esse presente
para ela”. A agenda dele é muito complicada e reservou apenas uma tarde
para a participação no CD e DVD. Antes da gravação no estúdio ele
recebeu algumas instruções e gravamos a música. Mesmo com muito ensaio
possivelmente nunca cantaria como um profissional, porque a profissão
dele é outra.
Como foi o rompimento de vocês com a Igreja Renascer?
Eu não vou falar de motivos. Fiquei
muitos anos, 7, lá e o Kaká mais ainda. Chegou um tempo que a gente viu
que já era suficiente. Então, optamos por sair, mas temos muita gratidão
pelas pessoas que nos ajudaram ali. Fizemos muitos amigos.
Ter uma mãe embaixadora de marca de
luxo, transitando em círculos sociais menos espiritualizados muitas
vezes, não gera um conflito entre a “Bíblia” e o “Louboutin”?
Em qualquer lugar e em qualquer área
profissional há pessoas buscando a Deus e fazer o bem ao próximo. Eu
creio que Deus sempre olha o nosso coração e a nossa disposição em
ajudar o próximo, com ou sem Louboutins, mas sempre com a inspiração da
Bíblia.
Como é a rotina em Madri?
Eu gosto de nadar, faço pilates. Eu
não gosto de pegar nada pesado, correr fazer maratona, isso não é
comigo. Mas, alongamento, esse tipo de coisa eu gosto.
Fica muito sozinha?
Fico. Desde que eu conheço o Kaká,
fico muito sozinha. São dois jogos por semana, então quatro dias fora.
Sobra três. Dos três, tem treino, tem foto, entrevista, alguma coisa. É
como um executivo que volta tarde da noite para casa. É muito complicado
porque não é só abrir mão da esposa, agora é abrir mão de dois filhos.
E o que faz nesse tempo longe?
Eu me dedico a cuidar do Luca e agora
da Isabella também. Eu amo ir para o supermercado, amo cozinhar, comprar
ingredientes diferentes, aromas asiáticos…
Mas você tem amigas?
Em Madri eu tenho menos. Em Milão eu
tinha mais amizades porque eu fiz faculdade lá, trabalhei. Tenho uma ou
outra amizade, tanto de espanholas, como de brasileiras que eu conheci
lá.
Vocês frequentam a casa dos outros jogadores?
O Kaká tem mais amizade com o Marcelo
(jogador brasileiro do Real Madrid), que tem até um filhinho pequeno.
Ele também é amigo do Cristiano Ronaldo, mas ele tem namorada e outro
tipo de vida.
Qual o passeio preferido da trupe?
Adoramos levar o Luca para o
Zoológico. Ele adora bicho. Tirar leite da vaca. A Isabella nasceu
assim, era para ela nascer uma semana depois. Ela adiantou uma semana,
porque eu fui mostrar como tirava o leite da vaca para o Luca em uma
fazenda depois de uma estrada de terra. Tive contrações o dia todo e à
meia noite daquele dia, entrei em trabalho de parto.
Como ele é como pai?
Quando está em casa, ele é super
presente. Gosta de fazer bagunça, pular em cima da cama e fazer cabana
com lençol e travesseiro para o Luca. Ele é um paizão. Mas não deixo
trocar fraldas, porque não precisa. Eu não cobro isso. Não quero que ele
faça coisa chata quando está em casa.