Caroline Celico, afirmou, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo , que, apesar de sentir falta de São Paulo, prefere a paz e tranquilidade que a rotina anônima na Espanha lhe oferece.
"Em Madri, minha vida é mais normal. Lá sou desconhecida", disse. "Adoro paz, tranqüilidade. Tenho saudade de São Paulo, mas em Madri, faço compras no açougue e na quitanda de moletom", completou.
Aqui, Kaká e Caroline curtiram o show do Paul McCartney, no Morumbi, e assistiram ao filme Tropa de Elite 2 no cinema. Tudo feito de forma bem discreta.
Caroline conferiu na quarta-feira (24) um desfile de moda organizado por sua mãe, Rosângela Lyra, diretora da grife Dior no Brasil. Ela usava um vestido de seda floral de cor creme e uma carteira floral da marca. "Minha mãe que escolheu. Na verdade, costumo vestir roupas bem confortáveis", diz.
Caroline apareceu apenas no momento em que as modelos estavam prontas para pisar na passarela.
Estrategicamente, ela pulou o coquetel que antecedia o evento, realizado no terraço do Hotel Unique, nos Jardins, zona sul. O salão estava lotado de mulheres da alta sociedade, acima dos 50 anos, que exibiam, numa espécie de disputa, as roupas e acessórios da Dior que tiraram do armário - além da última aplicação de botox que fizeram no rosto.
"Durante muitos anos, fui a filha da Rosângela e depois a mulher do Kaká. Hoje estou mostrando quem é Caroline Celico. Por isso, uso o sobrenome do meu pai", completou.
"Hoje, preciso tomar muito cuidado até com o que eu escrevo no Twitter", diz. "Em Madri, minha vida é mais normal. Lá, sou desconhecida."
Conselheira. Há pelo menos um ano, Caroline virou pastora. Ela recebe por dia mais de 50 e-mails, de internautas de todas as idades, desiludidos e até deprimidos, pedindo conselhos de como poderiam viver melhor. E ela responde a cada uma de suas "ovelhas".
"Tem gente que acha que ela é metida, mas isso porque não a conhecem direito", defende a amiga de infância Rachel Belfort, de 22 anos. As duas se conheceram quando Caroline, aos 12 anos, mudou do Colégio Santo Américo para o britânico Saint Paul. Polida e quieta entre estranhos, quando se solta não para de falar. "Não dá para agradar a todo mundo", diz Rachel.
Bem que Caroline tenta agradar. "Desde pequena tem esse jeito mãezona. Sempre cuidou das amigas. Quando uma delas brigava com o namorado, era para ela que ligava. Se fazia um bolo, chamava todas para comer."
Quando se mudou para a Itália, época em que Kaká foi jogar no Milan, ficou com medo de virar uma dona de casa deprimida e solitária. "Então comecei a trabalhar como uma louca. Abri uma empresa de eventos. E acompanhava o processo nos mínimos detalhes. Do projeto à produção. Achava que se delegasse o trabalho e se não estivesse por perto, algo poderia sair errado. Ficava exausta." Caroline chegou a organizar um casamento italiano de cinco dias.
Depois do nascimento de Luca, a vida religiosa tomou mais espaço. "Minha mãe me batizou na Igreja Católica. Mas vim de uma família mística em que falávamos e fazíamos um pouco de tudo, do espiritismo à meditação... Não batizei o Luca. Quero que tenha a liberdade de escolha." Ela dá uma pausa e completa: "Falei bastante. O Bu (Kaká) vai agradecer por isso. Vou falar menos em casa." E dá uma risadinha. O seu iPhone toca. É o Kaká. "Acho que está na hora de ir."