Saudade aperta na concentração
Joanesburgo - A clausura na fria concentração brasileira desperta saudade nos jogadores. No domingo, dia do jogo contra a Costa do Marfim, já serão 30 dias fora de casa.
De lá pra cá, os jogadores perderam várias datas que deveriam ser comemoradas com a família: Luca, filho de Kaká, completou 2 anos no dia 10, Elano fez aniversário na última segunda-feira, e, no Dia dos Namorados, todos ficaram longe de suas amadas.
Solitário, Robinho convocou a família para ir à África do Sul. A mãe, Marina, a mulher, Vivian, e o filho, Róbson Júnior, de 2 anos, estão em Joanesburgo.
"Família é a base de tudo. Tenho uma família abençoada que sempre me ajudou. Não deu pra fazer um gol para o meu filho, mas vamos ver se sai nos próximos jogos”, disse Robinho, que não vê a hora de chupar o dedo, na tradicional comemoração dedicada ao pequeno Róbson.
Maicon levou mais sorte. Fez um gol e beijou a aliança, em homenagem à mulher, Simone. Kaká, ao contrário, jogou muito mal, não fez gol para o filho aniversariante e, longe da família, volta e meia usa o Twitter para falar com a mulher, Caroline Celico. Mas seu pai, Bosco, já comprou passagem para a África do Sul.
Por essas e outras datas marcantes, depressões, solidão e saudade, os olhos de Robinho brilham quando um repórter lhe pergunta se está ensinando o pequeno Róbson a pedalar. “Não estou ensinando. Isso vai do dom. Ele tem o principal: gosta de futebol e de ficar com a bola. É canhoto. Tomara que ele seja bom de bola”.
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