LÁGRIMAS
Tantas vezes percorreu meu rosto
Gelando a alma num grito molhado
Saudades de longínquos sóis posto,
Lavando um sentimento fracassado.
Falou-me do amor, que tanto me feriu
Desenhando meus traços com os dedos
Suavemente como frágil pétala que caiu
Onde o orvalho confessa seus segredos.
Em noites, que sem repouso, se fez dia
Tatuada no travesseiro a mancha doída
Lembranças de sonhos e alegria perdida
Guardadas nas fronhas da minha vida.
Minha lágrima, fonte do meu sonho
Que gota a gota irrigou minha poesia
Em versos nus, calados e tristonhos.
Por fim, na boca, ja serena e sem dor
Cristalizada por um anjo jaz na alegria
Libertando o sorriso, só chora de amor.
Josué Basílio Oliveira
18/07/2011
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*JOSUÉ... UM AMIGO DE PLANTÃO*
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