Beija flor
O poeta, pardal agitado,
Sem bens, mas, dotado
De uma imensa liberdade
Bebendo águas do chão
Sobrevoando o coração
Proclamando felicidade.
Sua musa, um beija flor
De beleza, de esplendor
Numa mágica atração
Suas cores envolventes
Contrastando com o poente
Faiscando de emoção.
Num relâmpago encontro
Com cores de desencontro
De um Beija flor e pardal
A vida dando de presente
Um Lindo amor reluzente
Num momento triunfal.
Mas beija flor, na inquietude
Não podia em sua virtude
Ficar no tão calmo jardim
Voava todas as manhãs
Pra beijar as suas fãs
E beber seu néctar enfim.
Seu reino de aves nobres
E o pardal plebeu e pobre
Sentia no peito o desamor
Com poderia só com carinho
Aquele humilde passarinho
Ser amado pelo beija flor?
Que sai e beija outras flores
Deixando em seu peito dores
Fugindo veloz da sua asa
Esquecendo o pardalzinho
Encolhido no deserto ninho
Com a sua alma em brasa.
Viu então seu beija flor
Renegar o seu amor
Tão lindo, mas tão cruel,
Desfrutando sua liberdade
Na tresloucada velocidade
Pela conquista do mel.
Ficou o sabor do carinho
No bico do passarinho
Em meio às juras de amor
Agora pousado num galho
Sente com gosto de orvalho
Saudades do seu beija flor!!
Josué Basílio Oliveira
14/04/07
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*JOSUÉ... UM AMIGO DE PLANTÃO*
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