A MORTE EM PRETO E BRANCO
O tempo passa tão depressa e doutrina.
A lição envolve caminhos, vidas e amores
E do dia pra noite, quando menos se imagina,
Da aquarela desbotaram-se as vivas cores.
Frenéticas caminhadas, espalhando sementes,
De quem buscava insistente o horizonte
E escalava a montanha simplesmente
Pra ver que tinha atrás do monte.
Um dia criança, brincando com a vida,
Seguindo, sem olhar, de vila em vila.
Não se deu conta da estrada percorrida
Nem quantos anos pesam em sua mochila.
Um mundo tão leve como bola de parque.
Às costas começam a pesar e arquear o corpo,
Quando na estação final aproxima o desembarque,
Mentem pra si a verdade que chegou ao topo.
Tantos anos ainda pra se viver, acertar e errar.
Tantos motivos pra desculpar ou pedir perdão
Mas o trem apita e é hora de desembarcar.
Descansa em paz cigano coração.
Josué Basílio Oliveira
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*JOSUÉ... UM AMIGO DE PLANTÃO*
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