CHUVA DE VERÃO
Castigando furiosamente a tarde com suas águas
Escurecendo meu céu como se tivesse esse direito
Levando sonhos, carregando ilusões, lavando magoas
Quer bons, quer maus, tudo é varrido no seu conceito
Eu me vejo dentro dela, com o rosto molhado pelo seu suor
Barulhenta, vingativa, absurdamente poética e envolvente
Misturando água e vento, alegria e dor
Uivando feito um lobo solitário caminhando tristemente.
Chuva de verão, linda e efêmera, mulher inquieta
Que chega arrombando as portas do coração
E se entrega de corpo e alma ao seu poeta
Despida de toda reserva pudor ou reação.
Mas com vem se vai, rapidamente se afastando,
Deixando a tarde tímida e lavada com seu beijo de verão
E sem deixar rastros suga as poças evaporando
Tão depressa que nem parece que tocou o chão.
Josué Basílio Oliveira
Janeiro/ 2008
*****************************
JOSUÉ... UM AMIGO DE PLANTÃO
*****************************
Os direitos autorais são protegidos
Pela lei nº 9.610/98,
Violá-los é crime estabelecido pelo
Artigo 184 do Código Penal Brasileiro