O poeta é um fingidor
finge tão completamente
que chega fingir que é dor
a dor que deveras sente
(Fernando Pessoa)
As dores que senti
por estar sem ti
São dores que minto
que já não as sinto.
Josué poeta
Fingidor
A chuva silenciosa toca no telhado
Escorre e chora as gotas no chão
Uma a uma no quintal empoeirado
Lembrando um xilofone e sua canção.
É solidão a rua na noite molhada
Tudo se guardou a vida descansa
Fazendo do seu ninar a chuva na calçada
Feito a mãe que com amor a prole balança.
Parece que só eu estou acordado
Sentindo o cheiro da terra agradecida
Que tem seu chão pela chuva beijado
Fazendo renascer as raízes da vida.
Fecho os olhos e o sono me invade
Amanhã será outro dia e eu estarei aqui
Pra falar de amor, de sonho e de saudade
E confessar ou fingir as dores que senti.
Josué Basílio Oliveira
7/09/2010
22.35h
Domingo
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JOSUÉ... UM AMIGO DE PLANTÃO
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