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Sabe, é até meio estranho eu te amar tanto assim. Logo eu que queria amar somente a mim. Nunca gostei do amor, nem era bem o “não gostar”, era o medo de amar, mergulhar, e me afogar. Mas contigo é diferente, consigo amar sem medo. Tu serviu de cura pras minhas feridas. Lembro do medo que tu tinhas, sempre vinhas a dizer-me que nunca seria igual as outras, disse que “sabia” que nunca iria ocupar o espaço que outras pessoas ocuparam em minha vida. Agora só tenho algo a dizer-te: “Tu te tornou a mais especial dentre elas, tu te tornou o maior dos meus amores.” Mas também tu te tornou o maior dos meus medos, não que eu tenha medo de ti, pelo contrário, o efeito que tu tens sobre mim é o melhor que alguém poderia me transpor. Porém, tenho medo; Medo de te perder. Medo de um dia acordar e saber que tu não estás mais aqui comigo. Porque tu sabes bem do quão bom é ouvir o teu bom dia, do quão bom é escutar tua voz todos os dias antes de dormir. Cada minuto que estou ao teu lado é um minuto a mais pra que meu coração aperta sabendo que logo logo virá o “até mais”. Olha só o que tu fazes comigo, odeio ficar sem ti, mesmo que sejam alguns meros minutos. Tu bem sabes do quanto preciso de ti, tu bem sabes do bem que me fazes. Ontem entrei nas tuas redes sociais, procurei qualquer vestígio teu, qualquer coisa tua que fizesse eu me sentir mais perto de ti. Fui direto às tuas fotos…

— Ah… Como teu sorriso é lindo. Suspirou meu coração tracejando um sorriso.

E eu ali, em silencio, ouvindo a “nossa” música. Tentava transpor meu corpo ao teu. Ainda não entendo por que te amo tanto assim. Mas ao mesmo tempo que digo não saber o por que de te amar tanto, outros mil respostas titubeiam a dizer-me que os motivos são tantos que não consigo dizer-lhes. Será o teu sorriso? Será a forma que teu rosto abaixa, que tua face cora, que tuas mãos mechem o cabelo, quando estás com vergonha? Será a tua voz? Será a forma como você fala o meu nome? Será a forma como tu me fazes sorrir? Será o jeito como tu me conquista com tuas palavras? Será… Será? Talvez não seja nenhuma das tais citadas, talvez eu te ame pelo simples fato de amar, ou talvez te ame por todas essas coisas juntas… Vai saber! Mas de uma coisa eu sei, poxa… Eu te amo. Do meu jeito, meio sem jeito, meio sem saber demonstrar isso, mas te amo. Juro que este será o último “Eu te amo” que te digo nesta carta. Mas é como dizem né “A boca diz o que o coração está cheio”, não é mesmo?

Pois bem, meu amor… Eu sei que tu gostas quando eu te chamo de “amor”, porém odeia quando te chamo assim quando estás com raiva. Viu só, tu te tornou aquela pessoa mais amiga que eu poderia ter, sei dos teus defeitos, sei dos teus medos, sei das tuas qualidades, sei dos teus segredos, sei de ti. A forma como somos, talvez não sejamos aquele casal mais perfeito, cheio de palavras de amor, lotados de romances, lotados de carinhos. Talvez não, mas sabe… Se tu fosse assim, talvez eu nunca me apaixonaria por ti. Pois odeio esses “blablablas” do amor, odeio essa coisa clichê de “amor da minha vida”, “não vivo sem ti”, etc. Eu gosto daquela coisa concreta, de alguém que vai brigar comigo, alguém que vai reclamar do que visto, alguém que vai discutir comigo, mas que momentos depois virá com pedidos de desculpa dizendo que sentiu minha falta, e que quer voltar. Sabe, amor? Lembra amor? Eram tantas cumplicias de ciúmes. Eram tantas farpas em palavras que doíam quando ditas. Era um multidão de coisas bobas que levava-nos às nossas brigas mais tolas. O som do teu riso é a melhor coisa que eu posso ouvir. Mas quando te ouço chorar, pedras desabam em meu coração, é como se por um momento eu estivesse sentindo a tua dor. Como se cada lágrima tua que descesse pelo rosto me afogasse e quisesse que aquilo acabasse de uma vez. Eu tentava ser forte, eu tentava segurar aquele aperto no peito. Tentava te dizer palavras doces pra que não se sentisse mal. Mas como poderia eu fazer isso, se estava martirizando-me por dentro? Como poderia? Eu desabei nas lágrimas junto a ti. Meu amor, me desculpa pelas lágrimas que te fiz derramar por minha causa. Nunca mereci nem o teu sorriso, quanto mais o teu chorar. Mas era incrível, tu choravas e não dizia uma palavra. E eu me perguntava: “Mas logo ela que era tão forte, logo ela que sempre sorria até mesmo quando estava triste aos outros? Por que chora perto de mim com tanto expressar?” E a resposta era a mais difícil, porém a mais foce possível; Tu confiavas em mim. Tu sabias que mesmo quando estivesses fraquejando, que mesmo quando estivesse caindo, estou estaria ali pra te ajudar, pra te carregar. Lembras tu de quando eu disse que quando estivesse se sentindo fraca, eu não te daria força, pois fisicamente isso é impossível, mas te daria meu braço? Lembras tu de quando disse que quando estivesses caindo longe de mim, eu não poderia evitar a queda, mas estaria de prontidão a te dar minha mão e te levantar? Lembras tu de quando eu disse que quando estivesses se sentindo cansada eu te daria meu colo, meu ombro e carregaria pelo resto do caminho? Pois bem, não só disse como realmente o faria por ti. Pois não imagino o resto do meu caminhar sem que tu estejas por perto. Não imagino um resto de ladrilhados sem que tu estejas ao meu lado.

Sabe, amor… O tempo que estive contigo, pra alguns muito, pra outros pouco, não importa, foi estão sendo maravilhosos. Mesmo que eu seja idiota na maior parte do tempo, e sei disso. Mesmo que não saiba dizer-te coisas românticas. Mesmo que eu não possa ir ao teu encontro de manhã cedo e esperar-te sair na porta da tua casa e te acompanhar até escola. Mesmo que eu não poss



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