Casualidades
Eduardo Baqueiro
Quero experimentar teu corpo
Aperta-la de encontro ao meu peito
Observa-la tremendo ao contato de minha boca
Deixar minhas mãos se perderem
ao contato de teu corpo
Registrar mais uma vez tuas curvas
Como se fosse possível decora-las
Quero tirar suas vestes como se fosse
a primeira vez,
Devagarzinho e desajeitado
Quero desnudar teu corpo como saboreando
um bom vinho
Cada pedaço de teu corpo atiçando meu tesão
O tempo parece parar para nós,
neste momento
Nada mais importa, alem de nossos corpos
perdidos dentro do outro
Uma doce loucura, misturada com travessura
O contato de nossos corpos nus
A nossa musica tocando ao fundo
Um só desejo no ar
A vontade de se entregar totalmente
Bocas perdidas tentando acompanhar em vão
nossas mãos
Corpos suados, vozes roucas soltas ao ar
Cada palavra, cada gemido me embriaga
Sou teu lobo com fome de tua carne
Neste momento esqueço de tudo
Somente você importa neste momento
Mordo teu corpo, deixando minhas marcas
Gozamos até nossos corpos permitirem
Mas o desejo ainda continua dentro de nós
Um desejo de sempre possui-la
e ser possuído
De ser teu dono e ser teu menino
Este desejo de ser sempre teu amante
Dormimos agarrados na esperança
de recomeçar nossas caricias
Deixar o amor fluir novamente
dentro de nós...