O que resolvemos fazer com o tempo que temos?
Muitas vezes esquecemo-nos que se não vivermos agora
não vivemos nunca mais.
Se não operármos as mudanças mais do que necessárias
elas não surgem sozinhas,
se não tomármos decisões e as seguirmos mais ninguém as dirige por ti.
Que temos que apagar as cicatrizes do passado,
as feridas latejantes de dor impulsionadas por outros,
outros elementos humanos que em nada te compreendem
e nada te podem fornecer. Que temos de continuar a ser nós proprios
independentemente do que se passa la fora.
Mas o mundo passa-se la fora, o mundo “sente” e “sofre” como tu,
desespera, chora, enraivece, oculta, grita,
pensa em ti como tu só pensas em ti proprio,
não somos o centro do mundo por mais que o queiramos ser.
Mas as vezes sentimos que se o fossêmos fugiamos.
Porque também temos aqueles instantes em que escondemos a força
que usamos para apagar o vulcão irascivel e ambicionamos ficar ali atras
a conter todos os impetos insanos.
Também não quereriamos partilhar os momentos em que só ouvimos o nosso silêncio
e de mais ninguém. A nossa paz.
Porque nesse momento sentiriamo-nos bem mais diminutos,
bem mais “pequeninos”...