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A penas eu


Estou longe.
Os olhos fecham
ao morrer do dia,
a alma desperta
noite vem.
Insónia de querer tudo
e absolutamente nada.
Ilegível dança de emoções.
Asfixia do pensamento.
sonho de voar mais alto.
caminhar sem rumo.
Permaneço aqui,
sem saida.
Terra de Ninguém,
nem sequer minha.
Vou para ali,
mas ainda estou aqui.
Vim dali,
mas ainda não cheguei.
Estou em parte nenhuma.
Fim ou começo.
Tempo que volta
ao ponto de partida,
sem meta.
Não sei. Talvez.
Estou além.
Em parte nenhuma...
Invade-me uma cegueira,
um olhar para dentro,
insana, demente,
avesso a mim mesma.
É nevoeiro por fora,
massacre interior, tempestades.
Refugio-me entre a dor
e o prazer.
Intensidade de sentir,
de chorar,
de viver na fronteira
Incompletos tempos perdidos,
misto de madrugadas infindáveis
em dias que morreram
antes de vividos.
Intermitente mistura
de manhãs de sol
com longas noites
de insónia apertada.
São vendavais de sensações
que me fustigam a doçura da alma.
Curam-me, adoecem-me.
Não será incerteza
o nome deste frio.
Não será contentamento
o sorriso que escondo nos lábios.
A dúvida
Serei eu mesma,
sem véu,
sem nada,
apenas eu.




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