Manhã, submersa em névoas
tranquilas. Espaço translúcido
entre os galhos de uma árvore
que fica, olhando o tempo passar,
por entre a sua folhagem.
Despertar tranquilo, no silêncio
que a Noite propaga para o dia,
na calmaria. Acordar mistérios,
envoltos nesta nuvem branca,
onde nascem os sonhos,
onde dormem as estrelas.
Faz-se, o dia, passo a passo,
com o caminhar da luz.
Rouba segredos escondidos na
penumbra suave que
a Noite lhe entrega.
Correm os rios, enchem-se
os mares, transbordam os
oceanos da vida que
este novo dia,
agora desperta. Escuto
o primeiro canto, o primeiro
estalar
de ramos, o primeiro
instante em que um
pássaro distante,
as folhas agita.
Neste mar de tranquilidades,
com a Lua adormecida,
deixo o corpo ser levado,
nas asas desta brisa.
O silêncio povoa-se de vida,
e a minha, segue,
ao ritmos dos saltos dos
segundos, que se fazem
dos minutos, que tomam
conta de todas as horas.
Amanheceu, e o corpo imerso
nesta bruma imaculada,
sente os elementos que
o tocam, o frio, a húmidade,
mas sente sobretudo a vida,
que se agita em seu redor.
É dia!