Como nos reconciliar com aqueles que nos fizeram mal?
Quem nunca magoou ou foi magoado? Todos nós estamos sujeitos a cometer erros e também acertos, afinal somos ainda seres espirituais em busca de nosso aperfeiçoamento e evolução¹. Porém, nem sempre é uma tarefa fácil nos reconciliarmos com quem nos afligiu em algum momento.
Após os desentendimentos com aqueles que convivem conosco, ou mesmo com quem vemos poucas vezes, é natural que surjam questionamentos: “Por que perdoar quem me fez mal? E, como? Parece tão difícil superar o que ele (a) fez comigo!”. E é, de fato, uma atitude desafiadora. O Irmão Paiva Netto, presidente-pregador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo ensina-nos importante lição ao afirmar: “Perdão é carta de alforria. Perdoar liberta a quem perdoa”.
Para compreendermos a importância de sublimar os conflitos e restabelecermos uma relação harmoniosa com quem nos relacionamos — seja em casa, no trabalho ou no local de estudo —, precisamos nos lembrar de que muitas vezes não somos apenas vítimas de uma situação. Na maioria das vezes, se não sempre, nós colaboramos para que ela exista, nessa ou em vidas anteriores.
Pois somos, em essência, Espírito. Portanto, tudo aquilo que acontece conosco tem uma origem espiritual. Contudo, é importante destacar que as consequências ocorrem a partir da ação que praticarmos. No livro Jesus, o Profeta Divino, 8ª edição, páginas 73 e 74, o Irmão Paiva Netto esclarece: “Alguns ainda se espantam com a palavra carma. E precipitadamente reclamam: — Ih! É coisa para a gente pagar! Não é bem assim. Carma², em resumo, quer dizer causa e efeito, motivo e consequência. Logo, o seu carma só será mau a partir de causas ruins. Desse modo, só poderá obter resultados negativos. No entanto, se forem apropriadas, as implicações corresponderão em intensidade àquele gérmen que Você tiver cultivado”.
Pare para pensar: nos momentos em que há desavenças, geralmente nossos pensamentos, palavras e ações não são os melhores. Assim, despertamos também sentimentos que resultam em ações não tão boas. E, se em uma situação somos magoados, em outra, podemos ter magoado alguém. Portanto, não é que Deus queira que paguemos na mesma moeda, mas trata-se de uma lei natural de justiça. Não podemos colher o que não semeamos.
Por isso, vencer o desafio de perdoar quem nos fez mal nos proporciona um aprendizado ímpar. Por mais que seja difícil, “transferir o julgamento à Lei de Deus³” — conforme esclareceu o saudoso proclamador da Religião Divina, Alziro Zarur (1914-1979), acerca do perdão — não é uma atitude impossível.
Em Seu Evangelho, Jesus, o Divino Amigo da Humanidade, demonstrou a importância de perdoarmos quem nos fez mal: (Mateus, 5:43 a 48; Lucas, 6:27 e 28 e 32 a 36)— “Tendes ouvido que foi ensinado: — Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. — Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos; fazei bem aos que vos odeiam; bendizei os que vos amaldiçoam; orai pelos que vos perseguem e caluniam, a fim de serdes filhos de vosso Pai que está nos céus, Ele que faz nascer Seu Sol sobre bons e maus e faz chover sobre os justos e sobre os injustos; porque, se só amardes os que vos amam, que recompensa tereis? — Não fazem o mesmo os publicanos e os pecadores? — Se somente saudardes os vossos irmãos, que fazeis nisto de especial? — Não fazem o mesmo os gentios? — Sede, pois, perfeitos como é perfeito vosso Pai Celestial. — Sede, pois, misericordiosos como vosso Pai é misericordioso4”. Assim, por mais que perdoar seja um grande desafio, somos capazes de fazê-lo e, ao assim agir, fortalecemos nossa Alma para a caminhada eterna rumo à perfeição espiritual da qual nos fala o Divino Mestre. E jamais estamos sozinhos para enfrentar qualquer obstáculo, pois temos conosco, além dos companheiros encarnados no plano terrestre, o auxílio dos Espíritos de Luz, servidores do Cristo que nos acompanham e nos ajudam a vencer sempre.
Se estivermos em sintonia com Eles em todos os momentos de nossas vidas, saberemos como agir corretamente., Ensina o Irmão Paiva Netto, em seu artigo “Vencer o sofrimento do corpo e da Alma”,: “É indispensável orar e vigiar, mormente nas ocasiões de crise, qualquer que seja o local ou o instante. A dor não aguarda oportunidade para bater à porta do coração. E a prece não é somente útil nos transes dramáticos da vida, mas essencial na hora de buscar as soluções para os desafios de ordem filosófica, política, econômica, científica, religiosa, artística, esportiva etc”.
Que possamos aprender com todas as situações que a vida nos oferece, para caminharmos sempre para frente, sem deixar ninguém para trás.
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Sarah Jimena Moreno