Uma linda e abençoada tarde!❤❤
O tempo que você “perde” aprendendo algo não é tempo perdido...
“Tudo vale à pena se a alma não é pequena.”
Fernando Pessoa.
Quanto tempo a gente perde na vida?
Se somarmos todos os minutos jogados fora,
perdemos anos inteiros. Depois de nascer,
a gente demora pra falar, demora pra caminhar, aí mais tarde demora pra
entender certas coisas, demora pra dar o braço a torcer. Viramos
adolescentes teimosos e dramáticos. Levamos um século para aceitar o fim
de uma relação, e outro século para abrir a guarda para um novo amor, e
já adultos demoramos a dizer a alguém o que sentimos, demoramos a
perdoar um amigo, demoramos a tomar uma decisão. Até que um dia a gente
faz aniversário. 37 anos. Ou 41. Talvez 48. Uma idade qualquer que
esteja no meio do trajeto. E a gente descobre que o tempo não pode
continuar sendo desperdiçado. Fazendo uma analogia com o futebol, é como
se a gente estivesse com o jogo empatado no segundo tempo e ainda se
desse ao luxo de atrasar a bola pro goleiro ou fazer tabelas
desnecessárias. Que esbanjamento. Não falta muito pro jogo acabar. É
preciso encontrar logo o caminho do gol.
Sem muita frescura,
sem muito desgaste, sem muito discurso. Tudo o que a gente quer, depois
de uma certa idade, é ir direto ao assunto. Excetuando-se no sexo, onde a
rapidez não é louvada, pra todo o resto é melhor atalhar. E isso a
gente só alcança com alguma vivência e maturidade.
Pessoas
experientes já não cozinham em fogo brando, não esperam sentados, não
ficam dando voltas e voltas, não necessitam percorrer todos os estágios.
Queimam etapas. Não desperdiçam mais nada.
Uma pessoa é sempre bruta com você? Não é obrigatório conviver com ela.
O cara está enrolando muito? Beije-o primeiro.
A resposta do emprego ainda não veio? Procure outro enquanto espera.
Paciência só para o que importa de verdade. Paciência para ver a tarde
cair. Paciência para sorver um cálice de vinho. Paciência para a música e
para os livros. Paciência para escutar um amigo. Paciência para aquilo
que vale nossa dedicação.
Pra enrolação... Atalho.
Martha Medeiros