AGRADECEMOS SENHOR!
Senhor!
Ensina-nos a gratidão pelos bens que recebemos constantemente de tua
Infinita Bondade, sem desconsiderar os supostos males com que a tua
justiça misericordiosa nos amplia o patrimônio de bens.
Agradecemos
a presença dos amigos que nos acrescentam os recursos capazes de nos
garantirem o reconforto próprio e agradecemos também o concurso dos
irmãos que nos ofertam ensejo de despendê-los, tanto quanto possível, pelos canais do trabalho ou ante a luz da beneficência;
- os que nos amparam a vida e aqueles outros que nos rogam apoio,
exercitando-nos na assistência com que fomos chamados a aprender o amor a
que nos destinamos;
- os benfeitores que nos administram aulas de
educação e os que se nos fazem examinadores do grau de paciência ou de
tolerância em que estagiamos presentemente;
- a bênção dos amigos que nos consolam e a escora dos adversários, cujo policiamento nos disciplina;
- os companheiros que nos incentivam a caminhar para a frente e os outros que nos socorrem, através da crítica construtiva.
Agradecemos, Senhor, a luz e a sombra, quando a sombra nos auxilia a
buscar mais luz; a harmonia que nos pacifica as estradas do dia-a-dia e a
tormenta de incompreensão, quando a incompreensão nos fortalece para
descobrir a concórdia em que se reúnam os esforços de todos para a
felicidade comum.
Diante da luta, induze-nos a entender que somente
na luta encontramos os ingredientes precisos para a vitória em nós
mesmos e perante o fracasso, qualquer que seja, faze-nos reconhecer que
somente aprendendo e reaprendendo é que conseguiremos fixar a lição.
Senhor, não nos deixes entregues ao suposto bem que se transforma em
mal e não nos permitas menosprezar o suposto mal que nos conduz ao bem.
E, sejam quais forem as provas a que sejamos chamados, auxilia-nos a
saber – mas a saber com certeza indestrutível – que o teu amor reina
sobre nós e que acima de todas as tribulações e dificuldades, obstáculos
e lágrimas, estamos todos reunidos em teu coração e incessantemente
sustentados por teus braços eternos.
Assim seja...
(Do livro "Irmão", Emmanuel, Francisco Cândido Xavier)
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