Estou aqui mais uma vez a olhar por te...
A imaginar tua volta, tuas revoltas diante de mim...
A analisar teu olhar, teu modo de falar,
as expressões marcadas pelo tempo...
Desilusões feitas por mim, por te, por um nós frágil...
Nessa caminhada sem destino que é nossas vidas desiludidas,
ainda sinto um amor revolto falar mais alto,
gritar em busca de uma resposta...
Nesses gritos me agito num descontrole de alma e espíritos,
sentindo um transportar as esferas escurecidas da imensidão...
"Háaa”... Eu grito, tentando aliviar meu eu sufocado pela dor...
Dor essa que parece mais um punhal agudo a penetrar meu ser,
a revirar minhas feridas, eu tento uma saída, eu tento-me ver livre,
e quanto mais eu me viro vou sentindo sendo apertada,
amarrada pelos nós da vida...
Arrastada por esse amor que me invade,
penetra-me corpo adentro,
fazendo de mim vento forte, esvoaçante,
movendo toda extremidade do meu ser...
E num sufoco eu gemo baixinho pra mim mesma...
– Até quando, até quando meu Deus eu vou sentir esse
sentimento que mais parece uma chama ardente
ha queimar dentro de mim?... Quero senti-lo, quero tocá-lo,
quero nas noites fria aquecê-lo a arrastá-lo pra minha realidade...
Realidade essa que mais parece um sonho imaginado,
tramado por uma mente conturbada e cansada...
Ate quando vou ter que viver nas estremidade escuras
de um eu conturbado, enfraquecido?
Preciso de seu amor, preciso de teu calor,
preciso tanto de teus toques,
preciso meu amor de ser cuidada por te,
Preciso tantooo meu amor!